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Prefeita Edinalva Brandão desqualifica Ministério Público ao chamar matéria que pediu seu afastamento de “sensacionalista”

Posicionamento da prefeita representa uma tentativa de desviar o foco da gravidade dos fatos apurados.

Angra Nascimento
Por: Angra Nascimento
03/06/2025 às 11h01 Atualizada em 03/06/2025 às 11h05
Prefeita Edinalva Brandão desqualifica Ministério Público ao chamar matéria que pediu seu afastamento de “sensacionalista”
Edinalva Brandão desqualifica Ministério Público em nota oficial.

SÃO FRANCISCO DO BREJÃO – A assessoria de comunicação da incompetente prefeita da cidade de São Francisco do Brejão, Edinalva Brandão, chamou a matéria do Ministério Público do Maranhão, que pede seu afastamento, de "abordagem sensacionalista... e desproporcional", em nota oficial emitida pela prefeitura.

O posicionamento da prefeita representa não apenas uma tentativa de desviar o foco da gravidade dos fatos apurados, mas também revela um preocupante desrespeito institucional ao Ministério Público Estadual, órgão constitucionalmente incumbido da defesa da ordem jurídica e do interesse público.

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Cabe destacar que o pedido de afastamento da prefeita Edinalva Brandão foi apresentado dentro dos parâmetros legais, com base em indícios robustos de irregularidades como nepotismo, contratações sem processo seletivo, fraudes em licitações e descumprimento de decisões judiciais.

A Prefeitura insiste em afirmar que "não há decisão judicial proferida", numa estratégia de minimizar os fatos. Contudo, esse tipo de argumento ignora o valor jurídico e social da fase investigativa, que é parte essencial do sistema de responsabilização e pressupõe colaboração dos gestores, e não enfrentamento institucional.

Em vez de atacar o Ministério Público, a prefeita Edinalva deveria estar colaborando com transparência, divulgando documentos, contratos e critérios de nomeação de forma pública, como exige a Constituição Federal e a Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011).

Ao utilizar recursos públicos para produzir uma nota política, recheada de insinuações e bravatas, a gestão demonstra inversão de prioridades: prefere defender sua imagem do que esclarecer os fatos que originaram a ação judicial.

Por fim, é preciso reafirmar: o Ministério Público não atua por capricho, mas por convicção fundamentada na lei e nas evidências. E qualquer tentativa de deslegitimar sua atuação deve ser vista pela sociedade como um ataque à transparência, ao controle social e ao Estado Democrático de Direito.

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