SÃO LUÍS - O cenário político maranhense se desenha para 2026 e a eleição para governador tende a ser decidida em primeiro turno, de acordo com análise do blogueiro Gilberto Leda. Isso se deve, principalmente, à indecisão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), e dos nomes até então considerados pelo Palácio dos Leões.
Braide, apontado como favorito, enfrenta um grande dilema: seguir no cargo até o fim do mandato (para o qual foi reeleito com 70% dos votos em 2024), ou arriscar com a renúncia para disputar o Governo do Estado.
Nos bastidores, aliados afirmam que ele tem ido aconselhado a permanecer na Prefeitura, evitando o risco de ficar sem mandato por, no mínimo, dois anos.
O maior problema para Braide não seria exatamente uma derrota nas urnas. Com uma eventual renúncia, quem assumiria a Prefeitura de São Luís seria a vice-prefeita, Esmênia Miranda. Uma vez no comando do Palácio de La Ravardière, ela poderia representar não apenas uma nova gestão, mas um potencial revés político e institucional para Braide e seu grupo, avaliam aliado próximos.
Do lado governista, o vice-governador Felipe Camarão (PT) tem enfrentado dificuldades mesmo entre os “dinistas”, alguns deles já cogitando apoio a Braide, por exemplo, e já é considerado carta fora do baralho pelo brandonistas.
A falta de entusiasmo do governador Carlos Brandão com o nome de Camarão, somada à ausência de apoio do núcleo duro do governo, enfraqueceram de vez a viabilidade da sua candidatura.
Nesse novo tabuleiro, o que resta é um cenário resumido a dois nomes para chegar ao pleito com força real: Lahésio Bonfim, que tem expandido sua base pelo interior do estado após obter aproximadamente 900 mil votos em 2022; e Orleans Brandão, sobrinho do governador, e homem de sua confiança.
Se confirmado o recuo de Braide, e Camarão efetivamente não conseguir decolar, a eleição para o Governo do Maranhão em 2026 tende a ser decidida já no primeiro turno, entre Lahésio e Orleans.